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18/02/2016

Representatividade importa, sim!

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Em janeiro desse ano, foi anunciada a expansão da linha de bonecas Barbie, que agora conta com 4 tipos de corpos, 7 tons de pele e 22 cores de olho. Muita gente comemorou a notícia porque a novidade é um grande passo na luta pela representatividade. Afinal, a Barbie é uma das bonecas mais famosas do mundo e uma inspiração para muitas crianças. Há quem diga, porém, que isso é bobeira: "até parece que o problema de baixa auto-estima e procura por um ideal impossível é culpa da Barbie, a coisa é muito mais complexa". Olha, a coisa pode até ser muito mais complexa, sim, e é claro que a Barbie está mais para uma consequência de como é a visão de mundo hoje, mas isso não tira a responsabilidade da Mattel de continuar levando esse ideal de beleza irreal às meninas que consomem seus produtos.

Tiana foi a primeira princesa negra no mundo dominado por brancas da Disney

Quando eu era mais nova, eu admirava muito a Barbie e ficava encantada com a beleza que ela tinha. Depois que eu cresci, passei a seguir dezenas de modelos brancas, magras, altas e loiras no Instagram. Mesmo hoje, que eu tenho uma consciência maior das coisas, e luto para me aceitar como sou, ainda sofro com a perfeição que a gente vê em modelos nos blogs de moda. Fico sentindo como se eu nunca fosse conseguir ser como elas. Se eu confiasse um pouquinho mais na minha intuição ia perceber que estava certa: eu não tenho como ser como elas, porque eu não sou como elas. Minha cor é diferente, meu biotipo é diferente, minha estrutura é diferente.

Victoria's Secret angels


Mas por que não encontro o meu biotipo nessas modelos famosas? Será que eu não tenho o corpo bonito o soficiente pra isso? Será que a mídia nunca vai me ver como uma pessoa bonita? Eram as perguntas que me fazia todo dia até topar com o Instagram de Devin Brugman. Não que a Devin ainda não tenha muito do modelo de beleza que a sociedade impõe: ela é magra, tem barriga chapada, sorriso perfeito. Mas ela também é morena, tem cabelos castanhos ondulados, e tem seios fartos naturais. Nada de silicone ou peito chapado. Ela não é uma modelo sem curvas. Ela é como eu, que sempre odiei meus seios grandes, que luto pra encontrar um biquíni perfeito, que tento me inspirar nos looks do dia e nunca dá certo porque meu peito atrapalha tudo, que vou em lojas comprar roupa e os vestidos e blusas nunca ficam bem em mim. Ela é como eu e, ainda assim, conquistou milhares de seguidores no Instagram.

Uma foto publicada por Devin Brugman (@devinbrugman) em



Tá rolando por aí uma frase de Whoopi Goldberg que mostra bem o porquê de precisarmos da representatividade e foi isso que senti quando comecei a seguir a Dev:

"Bem, quando eu tinha nove anos, Jornada nas Estrelas estava passando, e eu vi e saí gritando pela casa, 'Vem cá, mãe, todo mundo, vem rápido, tem uma mulher negra na televisão e ela não é a empregada!' Eu soube naquele momento que eu podia ser qualquer coisa que eu quisesse."

Então se você que se vê representada todo dia, que sabe que pode ser o que quiser porque o mundo tá sempre te dizendo isso - se você acha que representativade é besteira, eu e milhares de garotas no mundo inteiro te dizemos que não, não é. Representativade importa, sim!

17/02/2016

Coisa de gente grande

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Quando a gente é criança tem a brilhante ilusão de que ser adulto é o máximo. E acho que grande parte dessa ilusão é culpa dos próprios adultos. "Quando você for grande vai entender", "quando você crescer eu deixo", "quando você tiver dinheiro você compra". Ouvi tantas dessas e outras frases que depois de um tempo passei a ansiar o momento em que eu ia entender o que essa gente grande queria dizer. 

Trabalhar, ganhar dinheiro, comprar as coisas que eu gostava, ser independente, namorar, sair sozinho... Ah, a mente de uma criança! Por que deixamos ela ser invadida com essas ideias bobas?

Não que eu não goste de ser adulta. Pra falar a verdade, talvez eu seja uma das poucas pessoas que não sinta tanta falta assim da minha infância. Gosto de ser responsável pelos meus atos porque isso significa nunca estar parada, sempre ter que correr atrás dos meus sonhos. Mas alguém precisava ter me alertado de que não seria fácil.

Eu cresci e a ideia de que, num piscar de olhos, num singelo acordar, eu teria certeza de como alcançar tudo o que eu queria (e que eu saberia afirmar com todo o meu coração o que é que eu queria) foi-se embora. Ainda consegui me dizer que talvez os 18 fosse uma fase transitória. Talvez aos 19. Ou 20. Não! 21 é a maioridade legal.

Com 22, um resquício de esperança ainda se esconde em mim, aparecendo nos momentos mais desesperadores de O QUE É QUE EU TO FAZENDO COM A MINHA VIDA? Mas até agora, nada. Rien. Nothing. Nenhuma resposta.

C'est la vie.

Estou tendo que aprender a me virar. Um passo de cada vez. Um tapa na cara quase todo dia. E uma conquista também. De vez em quando bate uma depressão, e eu quero correr pra minha mãe gritando ME DÁ UMA RESPOSTA, PELO AMOR DE DEUS!!! Mas aí eu só sinto seu abraço e respiro fundo e me digo que tudo vai ficar bem. Será que vai? Certeza não posso ter. Só o que eu sei é o que a vida sussurrou no meu ouvido um dia desses: com força e determinação, você pode ganhar o mundo. E foi quando eu parei pra pensar em tudo o que eu já tinha conquistado até agora que eu acreditei nela e soube: ser gente grande não é fácil, mas é incrível!

05/05/2015

Fotógrafo de Instagram: ser ou não ser? Eis a questão

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Ah! A Internet! Esse lugarzinho curioso onde podemos ser o que quisermos, aprendermos de tudo e colocar em nossa "bio": fotógrafo. Não sei se isso é bom ou ruim. Acho que alguns fotógrafos profissionais tenderiam pra segunda opção. Como não sou profissa, não posso me atrever a falar por eles, mas acho que de certa forma o mundo online traz tanto coisas positivas quanto negativas.

Sempre gostei muito da comunicação e vários dos seus desdobramentos. Portanto, não é surpresa que eu goste tanto de fotografia. Mas confesso que depois de tentativas e tentativas, acho que hoje sou só fotógrafa de Instagram e nada mais mesmo. Não que fotógrafos de Instagram não mereçam seu destaque. Há uns meses atrás, me atrevi a criar uma conta lá só de fotografia, e compartilhava meus ~cliques~, mas também seguia várias pessoas. E era cada imagem maravilhosa que eu encontrava que ficava embasbacada.

Acho que esse é um dos principais pontos positivos do avanço dessa tecnologia toda. Em que outro momento do mundo encontraríamos com tanta facilidade esse monte de talento reunido? A fotografia não era nem mesmo muito prestigiada há um tempo atrás e agora: olha só! Todos queremos ser fotógrafos.


15/03/2015

Que profissão devo seguir?

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Ano de vestibular é aquela loucura. Concentração, disciplina, pressão... Tudo misturado para nos deixar cada vez mais irritados e preocupados.


Como se já não bastasse as trezentas horas de estudo para tirar uma boa nota no ENEM e entrar pra uma faculdade renomada, esse é o ano da maior escolha de nossa vida: a escolha de uma profissão.


Desde pequena, eu já sabia que queria fazer apenas uma coisa pelo resto da minha vida: escrever. Por isso, acabei caindo logicamente no jornalismo. Ao entrar na faculdade, descobri que a área não era bem minha praia. Estava certa ao escolher Comunicação Social, mas se eu tivesse me empenhado mais em conhecer os cursos e, principalmente, a mim mesma - talvez tivesse percebido que havia outros rumos melhores para mim.

Enquanto algumas pessoas entram na faculdade com uma certeza (e acertam!), outras, como eu, precisam se esforçar para descobrir o que vão fazer da vida. Muitas, inclusive, passam anos pulando de galho em galho, escolhendo e desistindo de profissões e quando chegam no terceiro ano entram em desespero porque não fazem a menor ideia do que querem fazer da vida.

Calma, amigo! Isso tem solução.

09/03/2015

7 atividades para tirar seu domingo do tédio

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Domingo é um dia chato. Não tem como negar. Parece que uma força maior do universo faz com que nenhum compromisso seja marcado nesse dia, nenhum amigo esteja online (o que é mega irônico porque todo mundo reclama que não tem o que fazer, mas para onde vão as pessoas do seu Facebook?) e todo o clima de último dia de descanso antes de voltar à batalha se instaure em sua casa e deprima o ambiente.

E aí, você se pergunta: gente, como faz pra mudar???

Bem, aí vão algumas dicas:

26/02/2015

Looks do Oscar 2015 e as histórias que realmente importam #AskHerMore

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Nunca fui fã de moda. Gosto, sim, de me vestir bem – e com isso, quero dizer usar o que me agrada e me deixa confortável. Mas não curto muito entrar em sites e blogs de moda, acompanhar as tendências do momento nem saber o nome de todas as lojas de marca.

Por esse motivo, não me interesso muito em acompanhar ou fazer matérias pós-Oscar, porque metade delas são futilidades, pra mim, como looks das famosas, maquiagem delas, quem foi com roupa parecida etc.

Mas esse ano essas artistas lindas e maravilhosas sambaram na cara da sociedade com a campanha #AskHerMore. Encabeçada pela comediante Amy Poehler, a iniciativa questiona as perguntas fúteis que fazem às mulheres nas premiações e pede que o foco seja mais sobre suas carreiras e papeis do que o que elas estão vestindo.

11/02/2015

A favor da vida: pela descriminalização do aborto

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Parece que o Brasil tem entrado cada vez mais na era do comodismo mental: pensa-se pouco, pesquisa-se pouco e contraditoriamente opina-se demais. É por conta dessa falta de embasamento que as discussões, tanto virtuais quanto off-line, são carregadas de xingamentos e intolerância às opiniões contrárias.

Recentemente o Facebook virou palco para um não-tão-novo tema: ser a favor da descriminalização do aborto ou não ser? Eis a questão. Tudo porque começou a rolar um desafio no Facebook chamado “Diga não ao aborto”. Ele consiste basicamente em grávidas postarem fotos suas na linha do tempo e falarem sobre suas experiências maravilhosas gerando um bebê como forma de discurso pró-vida.

O que me entristece em toda essa história é ver o quanto as pessoas não entendem que ser a favor da legalização do aborto NÃO SIGNIFICA não ser pró-vida ou ser a favor do aborto. Alguém realmente acredita que quem defende essa medida a defende porque quer matar bebezinhos? Será que somos tão maus, frios e insensíveis assim? É claro que não. Tudo é uma questão de entender por que defendemos.