Olá, people. Bem-vindos à terceira e última parte de "O que você sabe sobre a Irlanda?". Espero que estejam gostando de acompanhar um pouquinho da construção histórica desse país tão maravilindo!
No post passado, a Irlanda havia conquistado a tão sonhada independência e a promessa da Irlanda do Norte de se separar também se concretizou. Mas sabem a relativa estabilidade política que se seguiu? É, ela não durou muito tempo...
A separação da Irlanda do Norte aconteceu por motivos primordialmente religiosos - lá, a maioria da população era protestante, o que teve reflexo no Parlamento. É claro que com isso, os católicos que viviam no território enfrentaram uma grande discriminação, levando ao fim da estabilidade na década de 60.
1968 foi um ano de muita luta no mundo inteiro. Na Irlanda do Norte, ele simboliza o início das marchas pelos direitos civis dos católicos. As reações dos protestantes a elas foram violentas - e da força policial também.
No ano seguinte, Belfast e Derry receberam tropas britânicas, enviadas para manter a ordem e proteger a minoria católica. Mas essa ideia não foi comprada pela comunidade católica, especialmente depois do evento conhecido como Bloody Sunday (Domingo Sangrento), em 1972. Esse nome remete alguma coisa a vocês? Pois é, o U2 fala sobre o acontecimento em sua música "Sunday Bloody Sunday", lançada em 1983. Nesse dia fatídico, 13 pessoas foram mortas pelas forças britânicas em uma marcha pelos direitos civis católicos.
Depois disso, houve um aumento da
violência paramilitar, que só terminou com o Acordo de Belfast, em 1998.
Até esse ano, estima-se que mais de 3.000 pessoas foram mortas por
grupos paramilitares - católicas e protestantes!
Desde então, os nervos foram acalmados e a Irlanda do Norte enfrenta uma relativa paz.
And the battles just begun / There's many lost / But tell me who has won?
E a batalha apenas começou / Há muitas perdas / Mas me diga quem ganhou?
Já mais pro sul, o Estado Livre da Irlanda se tornou República da Irlanda com a Constituição de 1937. Em 1973, ela se uniu à Comunidade Econômica Europeia (hoje União Europeia). Na década de 80, o país enfrentou um período de recessão que obrigou muitas pessoas a emigrarem, principalmente para o Reino Unido, Estados Unidos e Austrália. Mas isso durou pouco. As reformas econômicas dos anos 80 (além da entrada na Comunidade Europeia) levaram a uma das maiores taxas de crescimento econômico do mundo! Por causa disso, nos anos 90, a Ilha Esmeralda se tornou um país de imigração - período conhecido como Tigre Celta.
Esses tempos de vacas gordas duraram até 2010. Foi quando aquela crise de 2008, que afetou e ainda afeta diversos países no mundo inteiro, finalmente balançou a economia irlandesa. No final do ano, a Irlanda teve que pedir socorro após o estouro de uma bolha imobiliária e só começou a se recuperar no final de 2013. Ainda assim, a terra dos Leprechauns foi a primeira da União Europeia a deixar o resgate internacional e no início de 2014 a economia já havia crescido 2,7%.
Hoje, a Irlanda vem atraindo muitos intercambistas brasileiros devido às facilidades do visto para estudo e trabalho e as boas perspectivas de se ganhar dinheiro na ilha. Há quem diga que as coisas andam mais difíceis agora (o número de imigrantes vem crescendo cada vez mais e as leis têm ficado mais restritas para quem chega à ilha com curso de inglês), mas não é à toa que durante o ano todo encontramos pessoas do mundo inteiro à procura de uma oportunidade de trabalho. A verdade é: quem vai com um objetivo e corre atrás dele tem ótimas chances de se dar bem na Irlanda.
E você? Já fechou seu intercâmbio para a Ilha Esmeralda? Porque eu já tô doida pra voltar e você aí dando bobeira! Corre lá pra fazer as pesquisas de preço e não esquece de ver as dicas que dei aqui no blog:
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